4 de dez. de 2010

A infância - I

Acabo de sair de um casamento de três anos. Confesso que a vida ainda está se adequando e reorganizando. Como todo fim tem um começo, é conveniente começar dizendo como tudo começou. Ou ir além. Dizer como eu comecei...




Desde pequeno eu sabia que tinha algo de diferente comigo. Enquanto meus amigos corriam atrás da bola (morava no interior de minas) e caçavam passarinhos nas árvores, eu ficava em casa, quieto. Minha mãe não deixava sair. Assim, cresci vendo o mundo acontecer do meu jeito. Creio que todos nós temos um pouco de Amelie Poulain em nossa infância.

Minha infância não foi fácil. Tive diversos atropelos. Aprendi a lidar com a solidão e com a morte.

Desde pequeno sabia que havia algo de diferente... Lembro-me que quando tinha 6 anos, estávamos brincando com meus primos... Ah, meus primos... Isso vai dar horas de conversa.... e descobrimos algo. Era uma brincadeira ingênua, mas gostosa... eram bilauzinhos prá cá e prá lá. Eu tinha muitos primos...

Aos 8 anos, os bilauzinhos já encontravam seus espaços e mudavam de tamanho, bastava ficar apertando e massageando.

Mas, com 12 anos, nossos pintos já estavam grandes e com muitas outras utilidades e sensações. A diversão, agora, era descer até a estrebaria da minha vó e ficar, em círculo, se masturbando. De tempo em tempo um pegava no pinto do outro... A ingenuidade começava a dar espaço para o tesão. Desta brincadeira eu participava e motivava a galera.

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