7 de dez. de 2010

A Infância - II - Abuso

É uma pena que nossa linda infãncia nem sempre seja tão linda. Acho que tinha uns 5 ou 6 anos. Estávamos, eu, minha mãe e meu pai, numa festa de igreja. Estas festas que se fazem nas igrejinhas do interior. Como minha região é de predominância italiana, era uma festa regada a vinho e muito macarrão.

Eu, como toda criança, corria para todos os lados, brincava e  me divertia. Dentre os vários meninos que lá estavam, tinha um menino mais velho. Deveria ter uns 10 ou 12 anos. Conhecia aquele menino desde quando eu era muito pequeno, nossos pais eram muito amigos. Maurício era o nome dele, um menino mais abastado, muito esperto.

Lembro bem da brincadeira. Corríamos de uma bruxa imaginária enquanto a noite caia. No pátio da igrejinha tinha uma velha banca que servia para venda de bilhetes. Não lembro ao certo como, mas recordo bem quando o Maurício me levou para trás da banca e pediu que eu lhe mostrasse meu pintinho. Fiquei com muito medo e chorava, não sabia o que estava acontecendo. O Maurício me segurava forte e insistia para que eu fizesse tudo o que ele falava. Lembro que mostrei e ele ficou apalpando. Depois, sem muito falar, tirou minha bermuda. Eu não sabia o que fazer, era muito pequeno para ele. Disse que era para ficar quieto e se eu fizesse alguma coisa ele me bateria.



Naquela época eu era inocente, não sabia ao certo o que acontecia. Ele me virou de costas, me jogou no chão e... Sofri muito, não sabia o que acontecia. Senti muita dor. Chorei. Simplesmente não contei a ninguém, não sabia o que estava acontecendo. 

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